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A mostrar mensagens de abril, 2018

Decisões importantes

Encontrámos uma casa, em fotos, excelente. Na visita, a mãe ficou desgostosa. Longe da morada actual, muitas escadas e sem rua para nós. O pai gostou, do aspecto, da localização. Gostou e queria avançar! A mãe durante vários dias seguidos, tentou convencer-se que daria para nós, que nos habituavamos, que haveria alternativa caso quisessemos sair dali. Acordava triste, sem vontade de ir para lá, e ao longo do dia tentava, racionalmente, acreditar que era a solução. Mas, num dado dia, em que picámos aquela zona e arredores, percebi que não queria de todo ir para lá. E tentei mostrar ao pai que poderia haver uma alternativa certa para nós. A escolha de um terreno e a escolha de uma casa mínima, simples e básica, a baixo custo. Ele acreditou. Eu estudei o assunto. Expus o assunto. Que seria benéfico em todas as perspectivas. Economicamente melhor investimento a longo prazo. Em localização... E acreditei. Optámos por duas zonas. Uma muito ocupada. Uma bem maior, onde estará a nossa so

20 meses de ti...

Violeta, de cheiro suave, de pele de algodão, de cabelo perfeito, de olhos brilhantes, tão agarrada à sua mãe. Completas 20 meses hoje. Ainda não acredito no que escrevi. M-E-R-D-A. Acreditem meus filhos, que ver-vos crescer é uma coisa que me faz uma dor no peito que não consigo explicar. Estás tão grande e ao mesmo tempo tão bebé ainda, tão minha, tão integrante em mim, tão no meu peito fisicamente e lá dentro, emocionalmente. Tenho tido dificuldade em lidar contigo nos últimos meses. Há meses que te mudo a fralda de pé, para não chorares. Sabes que a mãe não suporta ver as tuas lágrimas enormes e a tua cara infeliz quando não recebe o miminho que quer. Para fazer um pouco o desmame de colo colo colo, e para dar folga à coluna, optei por te dar uma coisa para a qual demonstravas muito interesse: o meu telemóvel. E agora, ou estás ao meu cólo, ou com o telefone a ver as músicas dos caricas, ou estás a explorar na rua. Não consegui que ganhasses interesse em explorar. Não conseg

Vida nova...

https://www.youtube.com/watch?v=WbN0nX61rIs Ao som de Florence + The Machine - Shake It Out, escorrem-me as lágrimas. Sempre odiei decisões. Sou pessoa indecisa desde que me reconheço enquanto gente. Nunca soube o que quero. Sempre preferi opções óbvias que causem pouca indecisão, pouco não saber o que fazer. Sempre soube que queria o pai, por exemplo, sem espaço para dúvidas. Soubemos na hora em que entrámos nesta casa onde vivemos agora, que queriamos alugar esta casa! Há dias eu e o pai juntos descobrimos um anúncio de uma moradia num sítio mais longe do que o sítio onde vivemos actualmente. Esse anúncio tinha umas fotos tão tão boas, casa arranjada, que ficámos super interessados apesar de percebermos, ser uma casa de beira de estrada. Adoro a casa onde estamos agora. É arrendada, nunca será nossa. Aqui os miúdos mexem na terra, andam de bicicleta sem vento, apanham sol e chuva, saltam nas poças, são completamente felizes com as áreas interiores. Vivem a casa ao m

Às vezes dói mas eu escondo

O problema não é quando escondo. O problema é quando não o faço. E não sou nada bom a esconder coisas. Só a perder Tenho andado a chegar ao fimzinho do dia quase sem me chatear. Mas depois os adormecimentos, as leituras, as mini-birras de fraldas ou afins... e lá vem asneira. E de que valeu não me chatear tanto assim 95% do tempo se nos 5% em que me chateio, por falta de paciência acumulada, é ainda pior do que andar sempre chateado? A falta de descanso persegue. Mas o que persegue mais é a porcaria da desilução. Não é auto-complacência, não tenho nenhuma. É mesmo auto-crítica. E é essa que fica a moer. A viagem da manhã, sem música e sem rádio, e sem mais em que pensar se há uma viva e triste recordação. As espreitadelas para o relógio a partir do almoço a pensar em como tenho de ser forte e hoje é que vai correr bem. E chega a primeira desproporcionada chateação... E o ciclo repete-se. Já estou saturado em medicamentos. Os comprimidos mais fortes já não fazem nada. Já não adian

Saudades

No fim-de-semana passado, foi a Páscoa, e com o fds anterior, vieram as férias da Iara. Nessa Quinta-feira, ia como todos os dias buscar a Iara à escola com os bebés  na carrinha. Mas a coitada não pegou. Como não pegou, andei com a carrinha para trás e frente para conseguir tirar o outro carro da garagem, e não conseguindo, tive mesmo de tirar a carrinha. Mas como a carrinha não estava direita para sair sem batidas nas paredes, tive de a empurrar à força de braços e costas para frente e para trás, para frente e para trás e virar e Bernardo chora e pede para ir para a estrada, e eu empurro mais e já está direita e salta para o banco e fecha a porta que ela ganhou balanço e vai descer!!!! ESTÁ DIREITA, JÁ PASSOU!!! METE MUDANÇA, TIRA PÉ, NÃO PEGOU... caralho. Tirar o segundo carro da garagem que trabalha. Ok. Conseguido. Faltam as cadeiras para os bebés... Tenta mas não consegue prender o ovinho. Transpira muito, enerva-se, entristece-se e desiste. Almoço aos pequeninos. Iara chega c