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A mostrar mensagens de fevereiro, 2018

18 meses de rabinho de algodão

A princesa Violeta já há uns dias completou os 18 meses. Poderia escrever aqui um romance, o quanto adoro as fosquinhas que trocamos, o quanto adoro as suas festinhas com as suas mãos de seda, o quanto gosto de acordar e a ver a dormir como um anjo sereno, ao meu lado, na minha asa. O quanto ela gosta de dançar, e como dança. Até na casa de banho com a mãe ela dança. Mas... ela tem momentos em que só quer mãe. E se forem horas, por ela tudo bem. Há dias em que ela simplesmente não me deixa respirar. Eu tento pousá-la e chora que se desunha e eu como não consigo vê-la a chorar, torno a pegar nela. Tenho andado cansada, em termos de paciência. Bernardo às vezes testa-me ao limite. Na hora do caos, nada funciona. Na hora do caos, estou sozinha com eles. E hoje tive vontade de chorar. Que vontade tinha eu que alguém me pegasse ao cólo, ou pegasse neles ao cólo por mim. Só para eu suspirar... A mãe.

Objectivos diferentes ou desejos diferentes

A mãe está numa fase da vida, em que não tem paciência para o que não gosta. E quando tem de "gramar" com as coisas que não gosta porque assim tem de ser e porque não vive sozinha, fica um pouco incomodada. Uma das coisas que não consigo, é tolerar música que não gosto. Gosto de música alegre, mas quando tenho de existir com música que me causa ansiedade, fico inexplicavelmente incomodada. Sou mais sensível à música afinal, do que poderia pensar. O pai escreveu que descobriu um rapper Dealer. Sei que não é este o nome do "artista" de circo. Não gosto de rap. Nem tento gostar. Nem gosto de ver o pai a ouvir esse tipo de música. Imagino-o a ouvir isso e a sentir cumplicidade com um gajo que é bad boy, ou que tenta ser, por escrever o que escreve. O marginalizado pobre injustiçado, o senhor presidente que se mantém calado. São um bando de miúdos, rapazes, jovens homens ou homens que têm um estilo de vida ou postura que não aprecio. Que tentam ser os justiceiros porqu

A poesia espiritual

O pai descobriu os melhores poetas portugueses contemporâneos. Enterrados entre uma data de asneirada e de basófia que faz parte da cultura do rap... As minhas tentativas de fazer a mãe ouvir a letra já as esgotei todas. Ela ouve a música pela música e eu agora descobri a música pela letra. No meio das minhas crises existenciais permanentes e da música depressiva que por vezes me rodeia (Debussy mil vezes, Kings of Leon, God is an Astronaut) às vezes alguma ressoa. Começando no Slow J, passei às porcarias do Regula e do Holly fui parar ao Dillaz. Copo de balão podia ser eu. Podia ter sido a minha vida. Foi a vida de um bisavô meu. A experiência que tive na sementeira e amanhos vários da primeira parte do que desejaríamos que fosse o vosso montado de sobro, faz-me lembrar muita coisa do "sonhar desta vida" e do "copo de balão". A minha mãe e tios carregavam água o dia inteiro para a ter em casa. A mina do meu avô. O estar a tratar árvores com facilmente uma cente

Dias perfeitos

Dia perfeito? É o dia em que percebo que todos vocês estão felizes. O dia em que percebo que fizemos as escolhas certas e que não valerá a pena mudar nada. Foram duas semanas muito felizes. Bernardo muito tranquilo, sem stresses consigo próprio nem com as manas - posso dizer mesmo que toda a nossa dinâmica depende do modo de estar do Bernardo. As duas semanas que passaram foram imensamente boas. Ontem começaram novamente as birras... A Iara tem sido o meu porto de abrigo, o apoio que nem tenho de pedir, o adulto que me faz falta. Tenho-me sentido imensamente grata por isso. Obrigada filha por seres tão minha amiga, na verdadeira essência da palavra. Por muito que o pai me apoie, não está cá! E quando chega, pode-se dizer que apanha o melhor de todos vocês. As birras não existem, em quase todos os dias saímos e não há conflitos fora de casa :) Por isso, nas horas de maior stress o pai não está. A Violeta - o seu primeiro ano foi muito tranquilo. Muito sorridente, pouco faladora nos