Bernardo meu amor

A saúde do Bernardo numa quarta-feira foi abaixo. Passou o dia a vomitar. Todo o dia. No final do dia fui pedir ajuda, porque ele não aceitava nada e precisava hidratar-se. Por milagre, na viagem, não vomita depois de ficarmos uma hora parados no trânsito. No hospital aceitou os electrólitos bem como o xarope para parar de vomitar.
Diagnóstico de gastroenterite.
Noite de 4ª para 5ª feira, Bernardo tem febre alta. Mesmo com brufene, não desaparece a febre. Mantem-se a febre de dia, almoça e brinca. Horas depois já está em baixo, não aceita comer, nem beber, vomita o almoço.
Noite de febre.
Sexta-feira, não come, faz diarreias, só bebe água e aceita brufene. Nada mais. Numa das diarreias, engole babas e babas e mastiga a seco, revira olhos e descai a cabeça. A mãe, estava sozinha com vocês. Percebo ali que já está a precisar de ajuda. Cama, descanso, água e água. Exausto, parado, não quer ver tv. Bebé... Pai mal, foi pôr as meninas a grandola para podermos ter disponibilidade total para este menino que se previa ter de ficar umas horas a soro. E ficou internado.

O meu peito por cada vez que foste picado, por cada vez que me chamaste por socorro durante a dor, não quero ter de passar por isso novamente. A saúde é preciosa. Já tinhamos aprendido isso com o pai.

Deite-te muito miminho, ainda mais merecias tu, Bernardo. Meu amor "pequenino" como gostas de ser tratado. Porque foste um forte, muito paciente, muito compincha, sempre de sorriso na cara, bem disposto. Meu chinesinho.

Mais forte, deixaram-te sair depois de noites para mim, assustadoras. A mangueira do soro enrolava-se no teu corpo no sono agitado. De uma das vezes, a mangueira enrolou-se ao ponto do cateter sair e tu nem sentires. E com isso, mais um sofrimento, porque picaram a tua outra mão. Mas desta vez foi ainda pior.

Meu amor. Que me tivessem espetado a mim todas as agulhas que te espetaram x2, para não teres de sofrer tu, tão pequenino.

Todos os dias estamos sujeitos a bicharada, virus, bactérias. Mas não quero mais nada parecido com isto. Só pelas picadas e pelo soro permanente. A tua dor de estar preso e de não veres as tuas irmãs.

Nestes dias, ficaste apegado a mim, mas com o regresso a casa, e já com a casa cheia, já hoje essa dependencia se desvaneceu.

Não quero que sejas muito mãe-mãe, mas queria que não se estragasse o carinho forte, que as birras não voltassem, e que sobretudo, se mantenha o silêncio da paz cá em casa.

Sim, chorei ao deixar a Violeta que nunca esteve 4 horas sem mim. Fico um pouco triste por saber que ela nem sentiu a minha falta.

A Iara, já estava à espera, mas a violeta, a menina que só quer mãe e que anda sempre atrás de mim, nem por mim chamou.

Que eu não me torne dispensável para vocês.

Amo-vos muito meus pequeninos.

Não fiquem doentes, por favor. Já chega de sustos...

Meu Bernardo, obrigada por já estares aqui em casa, connosco todoso juntos, na tua caminha e feliz.

Obrigada aos três por se terem abraçado (coisa rara e só a pedido nos ultimos meses!!).

Que o vosso miminho persista, e não voltem ao registo de gritaria, discórdia e infelicidade.

A mãe.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Olá filhotes - mudanças

A poesia espiritual

Montes de amor