Gestão insuficiente

A mãe sente que não está a cumprir bem o seu papel.
Chega pelas 15h e a mãe já está com os cartuchos descabelados, com pouca paciência, e vocês energéticos, loucos, desarrumados, caóticos.
Quando chega a hora de o pai chegar, a mãe vê ali a luz ao fundo do túnel, as coisas acalmam e vocês acalmam também.
Gostava que conseguissemos chegar a essa hora mais tranquilos, não desesperados.

Neste momento, sinto que não tenho ninguém que esteja a sentir o mesmo que eu. Porque ninguém tem 3 filhos, porque ninguém está em casa com os 3 filhos, e porque ninguém está em casa com os três filhos e gere um pequeno negócio e executa o que vende no seu negócio.

Quero com isto dizer que dava vontade de esfregar tudo isto na cara de todos aqueles que outrora olharam para mim como preguiçosa, que vive à conta do marido, e dondoca. Estamos a falar de pessoas que em alguma circusntância, pertenceram ao nosso círculo.

Senti-me muito bem na semana passada por comprar ténis aos mais pequenos e pagar com o meu cartão. Assim como uma pequenas compras na Primark. Ou combustível para a carrinha!!! SOUBE-ME MESMO MESMO BEM SENTIR QUE TENHO ALGUNS TOSTÕES, MERECIDOS.
São poucos os tostões. Mas sinto-me realizada estando em casa com eles, não pagando infantários e ATL´s e ainda conseguirmos algum extra.

Depois, sinto um grande desafio duríssimo em aguentar até ao fim da tarde sem ser em modo selvagem...

Mas verdade seja dita, vocês os três não estão a colaborar! Têm dias que sim, mas por norma... por norma é tudo fora do sítio, por vezes partido, almoços de hora e meia e volantes em que a mãe anda atras de vocês com a colher. Gerir as vossas discussões e roubos. Dar miminhos a quem se magoa, e magoa, e magoa. Responder a possíveis interessados nos meus artigos. Controlar anúncios, voltar a responder a interessados. Costurar à tarde... O pai chegou!!! UFFFFAAAAAA!!!!! Porquê ufffa??? porque vocês abrandam tanto quando ele está, que eu deixo de ter necessidade de gritar para ser ouvida pelo Bernardo (há vezes que nem quando o pai está ouve).

Cansei de escrever.

Violeta abriu o queixo.
Bernardo crise de asma.
Violeta diarreia e vómito e diarreia outra vez.
Pai doente novamente.
Pai cansado e sem paciência.
Pai que se esforça, nota-se, mas grita.
Bernardo que me ignora no shopping e se desorienta. Tadinho. E depois aparece o pai a apertar-lhe a roupa. o menino esteve segundos a sentir-se perdido no meio de centenas de pessoas que não conhecia. Quanto mais penso mais fico triste pela reprimenda do pai. Ele no primeiro instante precisava de cólo...

O meu mundo são vocês. Durmo vocês, e vivo de dia com vocês. Silêncio deseja-se, faz falta.


A mãe.

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