A carraça

A bactéria que vive no escarro da carraça que parasita a barata do esgoto. Eu.

O toque de Merdas.

A alma que faz penar.

Os meninos têm muito. Eu quando era pequenino tinha menos. Acho que inculquei a ideia de que ainda estava pior do que realmente vivi. Mesmo assim no 9º ano tive direito a subsídio e essa era uma altura em que me lembro de viver bem. Retomando, há um mundo de brinquedos aqui em casa. Só em puzzles e lápis perde-se muito tempo de rabiosque para o ar. Neste ano de Natal de uma prenda por dia durante três dias viu-se bem a quantidade de pecinhas que nasceram e brotaram de todos os cantos. Hoje às 22:00 faltava um aviãozinho de 2 cm de uma prenda aberta hoje a um menino que a cada minuto precisa de limpar as mãos. E como o pai dele é uma desgraça passou-se. E porque sempre são poucas as mãos para arrumar sempre há um dia em que é esse o motivo, como se eu precisasse de motivo.

Com a mãe desesperada na sala, desabafei com a Iara que quando eu conheci a mãe era a pessoa mais divertida que ela conhecia. Serei hoje ainda a mais divertida ou rabugenta? Ela acertou na resposta. Foi uma pergunta injusta. As minhas mudanças não se podem associar à existência deles. Se fosse um solteirão encalhadão iria ser alegre? Eles são a fonte de todos os meus sorrisos. Eu consigo gerar as minhas próprias desgraças.

Deixei de correr, praticamente em simultâneo com a entrada da mãe na aventura do artesanato. Foi até muito surpreendente para mim. Eu a tentar aproximar-me e ela a lançar-se. Pensei que ia ter mais disponibilidade mental, mas na realidade não aconteceu. Estou a dormir aquilo que andou em atraso durante algum tempo. Não estou fisicamente cansado como andei anos. Estou a comer bastante pior do que anteriormente. Tenho tido a confirmação por omissão, de que afinal comer bem faz falta e que mais vale andar cansado do desporto do que com energia a mais para chatear inocentes, de que trabalhar ao meu ritmo mais horas não vale de nada para o patrão. E se voltar a correr  e consequentemente torne a adormecer bem antes das 2 da manhã, quando a mãe ainda não pensa termianr o trabalho, que conversa terei com ela? E quando a casa arrancar?

Mais do que a corrida. Recordei-me hoje do primeiro ano da universidade. Precisei de me disciplinar e regrar. Um horário rígido, fez-me andar extraordinariamente cansado, mas sem descarrilar. E estou a descarrilar. Estou pior do que no meu emprego anterior em que o stress era maior e fazia muito mais horas. Estou a dormir mais e em melhor forma física do que nessa altura. Tudo deveria ser melhor e estou a estragar muito mais, o essencial, o indispensável.

Uma Mulher que nunca o Universo viu igual está a ser posta à prova como se fosse Jó. Três fofos bebés temem-me. Até a porcaria do cão se puder vai à volta. Nem presto para carraça de cão?

Ontem escrevi uma nota no telefone. "Horário regrado". Tenho de estabelecer um horário para uma vida regular e sustentável já e a mais anos. Eram 16 horas e achei que seria melhor ver por que é que o telefone tinha vibrado. No primeiro de 2 dias de trabalho entre festas da família em que a nota que tinha era estabelecer balizas foi isto que aconteceu. Talvez tenha nascido para Karoshi, mas não nasci para vos fazer sofrer. Já herdaram o meu nome, basta isso.

Não me preocupo demais a organizar texto. Ideias de meses em asneira? Como? Conhecem o suficiente para saber o caos que isso significa, aqui estáapenas mais um reflexo da falta de nexo que eu sou. Nem chego a querer que me leiam. Desejo apenas que não me venham a ignorar.

Sejam felizes. Continuem com o vosso sorriso fácil. Continuem a olhar para e pela vossa mãe que ela merece tudo. Unam-se. Ajudem-se nas vossas dificuldades. Juntos não vão mais depressa, mas vão muito mais longe. Esqueçam-me. Esqueçam todas as palavras que nunca deviam ter aprendido. Os décibeis que nunca deviam ter vibrado. Apaguem tudo o que nunca deviam ter visto. Ocupem tudo isso com o que puderem absorver da vossa Mãe. Pensem apenas que podem ser melhores que eu, é fácil, façam-no.

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