Insegurança

Hoje deparei-me muita vez com um pensamento:
Violeta depende de mim. Bernardo está a pouco e pouco a imitar o que a irmã mais nova faz e pede mãe, pede cólo, pede mãe.
Bernardo hoje chorou quando alguém lhe pegou ao cólo. Bernardo anda mais esquisito e a estranhar as pessoas. Anda suspeito de estranho sempre a perguntar quem vem aí.
Violeta não confia em ninguém. Violeta ainda me pertence. Está dentro da minha barriga, mas já cá fora há 2 anos.

Como se vão eles safar lá fora? como vão eles criar competências para se integrarem bem na escola?

Não sei as respostas. Nem sei o que fazer para o choro da Violeta acalmar de vez.

Estou a pensar tirar a sesta da Violeta.
Um bebé com 23 meses pode deixar de fazer sesta?
E com isso, os pais não podem sair de casa, porque senão ela adormece?

Isto de ser mãe a tempo inteiro é duro. Tal como é duro estar numa secretária embrulhada em papéis e ter de engolir medos e vergonhas e trabalhar para outrém.

Meus filhos. Meus ricos filhos. Adoro-vos tanto, tanto, tanto. Cada vez que me chateio com vocês penso no quanto estou velha e no quanto a minha paciência está desintegrada.

Com isso reconheço que eu precisava duma pausa.

Um dia inteiro sem filhos. Ou dois. E talvez isso não chegue. O problema da falta de paciência, é que deixo de tolerar bem as vossas falhas, e vou falhando em seguimento.

A hora da sesta cá em casa, fazia falta. Muita. Era a reposição da paciência que falta.
Aos 3 anos deixei de deitar o Bernardo. Aos 2 anos deixo de deitar a Violeta??? E quem andará com ela ao cólo nas suas birras?????!!!!

Vocês têm de ganhar segurança em vocês próprios. Hoje disse à Iara que na rua se visse um baloiço disponível, e ela quisesse andar, que corresse para ele. Para não se encolher. Para não ceder a vez. E dizer ainda "eu cheguei primeiro".
Eu sempre fui encolhida, mas preciso que os meus filhos não o sejam. Que sejam confiantes. Eles merecem. E eu também...

Amo-vos pequeninos...

A mãe.

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