último dia de 2 anos de Bernardo

Amanhã farás 3 anos meu bebé. Tive a rever vídeos do teu crescimento, desde o teu nascimento até agora, passando apenas por momentos felizes.
Sempre namorei muito contigo. Sinto dificuldade em fazê-lo quando estamos os 5 juntos, porque por norma, quando isso acontece, o pai fala muito mais que eu e tu ficas fascinado com ele e já não te lembras que eu existo, e Violeta também se lembra de reclamar atenção e o resto não carece de explicação.
Mas, quando estou contigo, ainda continuo a namorar-te com miminhos, beijinhos como antes. Nestes dias até me tens pedido colinho, coisa que fazias em pequenino quando estavas mesmo cansado, ou na rua porque não querias andar/escorregar (consoante o cenário).
Por vezes com a ocupação da Violeta, é complicado dar-te cólo em simultâneo, mas tudo se tem compondo de esta ou daquela maneira.
Gosto muito de ti meu filho, meu menino, meu menino meigo. O filho que vem ter comigo e me avisa que me vai dar beijinho "vou dar-te um beijinho, ok?"...
Falaste connosco desde cedo, muito cedo. Os teus caracóis enormes, cachos, despenteados, derretem-nos muito.
O teu sorriso de dentes vários é uma coisa que me enche de felicidade.
Desculpa a mãe ter aprendido a rabujar contigo. Eu prometo que vou tentar mudar a minha atitude perante as tuas asneiras. Só quero dar-te miminho e miminho e apertões.
Peço-te filho, que sejas tolerante com as manas. Não sei se tenho direito a fazer isto, já que sempre foste um irmão mais velho da Violeta, exemplar. E um irmão mais novo da Iara espectacular (ela desde cedo conseguiu receber de ti o mesmo que ela te dá; brincam há muito tempo cheios de alegria e cumplicidade).
Aos poucos estás a entender isto de ser mano mais velho, e tens sido mais meigo para a mana pequenina. E isso enche-me o peito de orgulho, tu nem imaginas o quanto a mãe queria guardar todos os momentos de fofura entre vocês, em filme, para mais tarde rever e chorar de orgulho!
3 anos e já tantas conquistas. Daqui a outros 3 começas a luta da escola, mas por enquanto, quero que consigamos proporcionar-te uma vida tranquila, sem preocupações, e com muito amor e brincadeira, e descanso.
Nasceste, superaste as cólicas, superaste e consegues conviver com a asma, conseguiste começar a dormir bem, conseguiste começar a andar quando decidiste que estava na altura, começaste a falar fluentemente antes dos 24 meses, tornaste-te mais desconfiado para com os estranhos, és rapaz e aceitas e admites-te um namoradeiro com os pais e manas, continuas a ceder em prol do teu choro porque te pedem, continuas a ser um menino fácil. Não gostas de ser arrancado da cama, não gostas da rotina matinal de higiene e vestir, mas, os terríveis 3 já estão aí e tu, meu bebé menino, não és nada de nada de terrível. Tens momentos de teimosia, ateimas e gritas e reclamas, defendes-te na tua inocência, e mesmo assim, no fim do dia eu só te quero abraçar e dar beijinhos... Não porque é o fim do dia, mas sim porque realmente tenho vontade de te dizer que gosto de ti, meu amor.
O pai em tempos insistia que tu eras o meu preferido.
Se fores pai vais saber entender que, tendo mais que um filho, o amor por cada um é distinto, e nem quantificável é, o que nem permite qualquer quantificação de mais ou menos por.
Sei que me derreto contigo, que és um rapaz super inteligente, e que quero muito que te mantenhas assim: feliz e puro e a amar os teus.
Vou estar sempre aqui para te secar as lágrimas, para te ver os dentes e para te dar os braços sempre que queiras (e não queiras).
Não te sintas nunca menos do que as manas. Peço eu que a Violeta mantenha a evolução que tem tido, e que assim, a mãe consiga sentir que posso chegar mais a ti e à Iara do que o que chego hoje.
Meu Benito, meu fofinho, meu filhote, meu filhão.

Escrevo isto cheia de vontade de te ter no meu peito como estiveste ontem à tarde. Adoro sentir que queres estar com a "minha mamã".

Tenho muito orgulho em ti, meu filho. Amo-te muito, meu filho.
Desculpa as minhas falhas. Desculpa por tudo o que foste forçado a renunciar.

Cresce devagar, fica connosco, voa devagar!!
Obrigada por seres o nosso filho.

A mãe.

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