Dias de coração cheio

Meus queridos filhos,

sei o quanto as rotinas são importantes para vos dar segurança, descanso e como favorece o vosso bom humor e crescimento!
Mas... com a resistência ao sono da tarde dos mais pequeninos, a mãe tem escapado à rotina, e depois de chegarmos da escolinha da Iara, deixo-vos brincar antes do almoço. O hábito era chegar e sentar directamente à mesa para não haver birras. Mas o que tenho feito, é atrasado o almoço, fazer tudo mais lentamente, e fico a ver-vos deliciada (isto quando não há chatices entre vocês!!)... E tem-me sabido tão bem. Sei que existe sempre ali um relógio a ateimar em existir, mas nem quero saber.
Ao almoço quero-vos bem dispostos, porque se estiverem bem, todos os três comem melhor. E como isso é tão importante para vocês estarem bem. Ontem foi um dia particularmente feliz, com as birras do Bernardo a acalmar à tarde (a manhã é mais problemática para ele - não sei se por não estar a Iara, ou por estar a competir (ou sentir que) com a Violeta.
Ver-vos aos três a brincar bem, a vir ter comigo porque sim, para mostrar, mas conseguirem entender-se os três, isso enche-me o coração de orgulho.
Tenho sentido que tenho estado menos tempo convosco do que o que devia. Arruma uma coisinha aqui, a máquina da loiça, troca as máquinas de secar e lavar, dobrar, desdobrar, brinquedos espalhados e espalhados 3 vezes... roupas que não acabam... almoço às 16h, Violeta a fazer mini sestas e a demorar 45 minutos a adormecer e a querer cólo quando acorda. E o Bernardo e a Iara ficam mais independentes. Isso dá-me orgulho em vocês, o carinho com que se tratam, mas também me custa não estar a conseguir chegar a todo o lado.

Amanhã vou jantar com ex-colegas. Não estou com elas talvez, desde antes do nascimento da Violeta. Nem me lembro quando foi a última vez. Não me recordo do último encontro social que tive, ou tivemos, tirando a Marta e família cá em casa.
Perdi a vontade do social, perdi a paciência, mas há momentos em que gostaria de estar envolta de amigos (estarmos, com famílias, em família). O que é certo é que acho que já nem sei conviver. Coisas que se vão perdendo com o "isolamento".
Espero que o convívio corra bem, e que venha animada para casa, com vontade de repetir.
Pois sei que o vosso pai o permitirá com o apoio em casa.

Obrigada meus queridos filhos por me estarem a dar tantos sorrisos e gargalhadas. Tanta dança improvisada. Tantos animais do zoo (à macho, à Bernardo, pois a tua dança é diferente meu filho, não fosses tu rapazolas sem que eu te ensinasse tal).

Amo-vos muito. Não gosto de o dizer, mas gosto de o escrever.
Que durmam bem, meus ursinhos.

A mãe.

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