Da presunção de inocência

Ontem deu um episódio da SuperNanny. Não vimos. Conhecemos uma das famílias envolvidas. Já todo o treinador de bancada opinou. Nós puramente achamos mal opinar.

Agora a questão de fundo. Uma pessoa que muito estimo e tenho por bem inteligente opinou em contraste da minha opinião. Mas não tem filhos apesar de ter a minha idade. Inteligência bate experiência?

Não reconheço grande mérito aos meus pais. Só me tiveram a mim e sei bem o anjo que sempre fui. Dormia e comia bem, portava-me optimamente. Por isto ou por aquilo qualquer um dos nossos ursinhos tem um senão ou outro que nos faz valorizar imenso quando as coisas correm bem. Como nos disse um pediatra uma vez «há pais com filhos óptimos sem mérito nenhum».  O corolário, prosaico, «se eu nunca me sujar até posso dizer que a forma certa de mudar fraldas é a fazer o pino».

As pessoas arrogam-se ao direito de achar e opinar. Os meus pais inclusivamente, quando nós ao kg temos o triplo, e em esforço o décuplo. Então o que serei eu aos meus filhos? Enquanto não tiverem 4 ou 5 cada ainda vou ser eu o que sabe mais? Então vou deixá-los bater com a cabeça na parede só para não me verem como eu encaro a geração anterior?

Serei eu melhor que os meus pais para não me armar em esperto? Serão vocês melhores que eu a lidar com a mania da esperteza? Evoluamos.

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