Da comunicação

Enquanto fazia a minha primeira tatuagem ouci imenso a tatuadora. Teria uns 40 anos e três filhos. Fazia um ano da saída da mãe do internamento imediato após a primeira ursinha cá ter aparecido (30 Maio penso de cor).

Aprendi bastante. Ainda hoje tenho como verdades. "Se tu não estiveres bem, não consegues que eles estejam bem". Uma preocupação constante minha com a mãe. E uma máxima que tenho tentado praticar com esta ursinha mais velha "quem fala a verdade não merece castigo".

O medo das consequências é terrível. Sei como me interpretam quando falo «normalmente» para mim «irritadíssimo» para vocês. Portanto, eu sou um assutador obstáculo à vossa confissão daquilo que realmente se passou.
Infelizmente para mim, só sabendo o que se passou vos consigo ajudar. Senão estou à caça de gambuzinos, estou perdido num problema que não existe.

A ideia de que temos de nos chatear depois de saber a asneira é falsa, embora contra-intuitiva. Temos de ficar felizes porque houve coragem do vosso lado para assumir. Temos de ficar felizes porque já sabemos qual é o problema e havemos de saber como o solucionar. E o preço a pagar é o não castigar pela asneira em si.

A comunicação tem de existir. Nunca se fechem de nós com medo das consequências.

E eu tenho de ser capaz de lidar com o que quer que daí venha.
Agradeço à mãe ter esclarecido algo que tenho de mudar para que ela não se sinta dispensável. E assim todos podemos evoluir!

Falou verdade merece miminho! Esta frase gosto mais :)

O parvinho de sempre

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