Quando os dias deixam de ser previsíveis

Durante algum tempo os meus bebés foram rotinados a coisas previsíveis.
Há duas seqzxanas mais coisa menos coisa, posso dizer que perdi o controlo em tudo e ando sempre a ten.
Interrompi este post pelas, sei lá, 17h. Voltei a pegar no pc às 23h37. Violeta enquanto brincava com a Iara caiu de cabeça no chão. "Atirei" o pc à balda para o chão. Estraguei o monitor. Ficou rosa. Mas melhorou e dispensa arranjo urgente...

Adiante. Os bebés foram, desde pequeninos, habituados a ter uma rotina que tornava os horários de adormecimento e bem-estar previsíveis. Violeta esteve doente e desde então tudo deu uma reviravolta. O Bernardo certos dias acorda mais tarde, e depois não quer fazer a sesta. Aceitável. Violeta é mais difícil. Não dormindo depois não me larga. Estou a tirar leite e não me larga. Não quer ir explorar sozinha. Fica insistentemente a pôr-se de pé e a agachar-se agarrada a mim enquanto tiro leite. Depois de tirar leite mantém a actividade. Hora de ir buscar a Iara. Às vezes adormece no carro, outras nem por isso e dá para dar almoço em simultâneo com os manos. Outras vezes dou-lhe almoço só a ela antes de irmos buscar a mana. Umas vezes, faço transferência para a cama e fica e faz a sesta. Noutras, faço a transferência e acorda meia hora depois.
E tenho andado assim a dar as voltas e voltas para tentar contornar e manter o bem-estar de todos.
O bem-estar dos bebés é-me muito importante. Os adormeceres de meia hora fechada no quarto com a Vi custam. A Iara está sozinha, custa à Violeta (pode-se dizer que passa o dia a lutar e resistir contra o sono). E tenho pena disso.
O meu bem-estar e paciência depende da calma que se respira em casa. E por vezes há caos. E quando aparece o caos, eu perco a paciência. Não dou o melhor de mim. Não tenho paciência nem me saem tantos sorrisos para a Iara como ela bem merecia. Tenho-me martirizado um pouco com isto. A Violeta ser tão absorvente ou sugadora de mimo, faz com que tenha menos mãos ou vontade de ter mãos para me esticar mais para os manos. Dou por mim a fugir quando o pai chega. Para me tentar libertar um pouco. Não consigo explicar. É bom sabermos que os nossos filhos ficam felizes quando chegamos. Mas também é bom observá-los a brincar livres e confiantes, a explorar o mundo. E eu ando a gostar mais de observar do que ser eu a condutora e inventora das brincadeiras.
Bernardo à medida que foi crescendo, e a Violeta também, criou ciúmes em crescendo. Não desconta em mim. Desconta directamente na mana. Violeta até aos 2 meses mais ou menos, teve a fase da espreguiçadeira. Findos os 2 meses, a espreguiçadeira deixou de existir. Então tentava deitá-la para proporcionar contacto físico entre o Bernardo e ela. Enquanto foi novidade, a mana estar deitada num colchão ao nível do chão, Bernardo ainda não andava e era um mimo em pessoa. Chegava perto sem eu nada dizer e fazia fosquinhas, sorria para ela e abraçava-a mais. Registei momentos de amor puro dos quais me orgulho muito.
Com a aquisição de competências motoras da Violeta, como o sentar aos 6 meses, o Bernardo ficou cada vez menos interessado em interacção com ela. A pedido meu, ele fazia um mimo. Mas não por iniciativa como outrora.
Percebi que, se no início não podia deixar os bebés sozinhos por receio de que o Bernardo não andante, fizesse mal à mana sem essa intenção (porque atirou um brinquedo e foi para cima dela - ele adorava atirar bolas ao ar), com o crescimento vi momentos em que ele transformava uma festinha num puxão de cabelos (agarrar mesmo com a mão cheia e puxar a rir enquanto a mana chorava) - e isto só de lembrar - foram poucas as vezes contadas - faz-me chorar porque me lembro do choro sofrido da Violeta que não entendia porque o mano lhe fazia isto.
Evito ao máximo ainda hoje, aos 14 meses de Violeta, que o Bernardo fique sozinho com ela.
Por isso quero muito, mesmo mesmo muito, que a Iara e o Bernardo consigam integrar a Violeta nas suas brincadeiras, porque muitas vezes ela fica comigo porque nem consegue enfiar-se no nível miscível que os manos mais velhos têm...
Peço que as lágrimas se acalmem, que as doenças se pirem sem moças,  que as sestas tornem a ser previsíveis para que todos nós possamos dar o melhor de nós uns aos outros. Porque somos os mesmos todos os dias. Não há mudança de caras e de ares. E temos de ser felizes assim. Com amor, com vontade, com alegria e sorrisos de algodão...
Hoje Bernardo pediu-me e esteve ao meu cólo de manhã, por estar doente com febre. A mana não me largou. Que amanhã o meu bebecas esteja melhor, rijo como só ele, a falar pelos cotovelos, a fazer desenhos e a mostrar-me a esparregata e posições mirabolantes de ginástica.
Amo-vos muito. A todos. Meus bebés... Os três!!

A mãe.

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