Primeiros Dias

Iara começou a escola na 3ª f. O primeiro contacto com a professora foi com lágrimas. Ela entrou na sala sozinha, nós pais ficámos a vigiar pela janela. Fiquei pequenina quando a vejo a limpar as lágrimas ao vêr os amigos. Uns novos, outros nem tanto. Apeteceu-me ir dar-lhe cólo e dizer-lhe que tudo iria correr bem.
Quando somos pais só não queremos que façam mal aos nossos filhos, ou que não passem pelo mesmo que nós. Não quero e tenho um medo infinito que eles tenham de se "desenmerdar" de coisas injustas e sofridas para eles. Não quero que sejam infelizes, mesmo que por um só dia. É preciso pouco para, aos 6 anos, ficarmos com preocupações. Pelo menos eu lembro-me do quanto sofri na escola. Diariamente. Via na minha mãe um porto de abrigo, mas esse porto falhava a partir do momento em que me sentava na secretária da escola. A minha mãe não estava ali. E era horrível. E era tão bom ouvir o sino a tocar para a saída.
Sentou-se ao lado da amiga Núria que já conhecia e tanto gosta. Tem gostado mas diz ter muitos trabalhos. A professora entrega tantos trabalhos que não consegue terminar a tempo de receber o próximo. E porque não sabe se é para fazer com lápis de cor ou lápis de carvão. E tem de parar para perguntar.
A vida não é uma brincadeira, mas quero que todos eles sejam felizes e que nada tenha de ser muito custoso, penoso, ou mau.
Hoje, 6ªf, chorou a caminho da escola. A mãe esqueceu-se de mandar o boné que ela tinha pedido uma vez no dia anterior na saída da escola. O pai diz que acabou a rir.
Cada coisa a seu ritmo.
Que ela lhe ganhe o gosto. Ou não. Mas que se desenrasque. Que consiga! Mesmo não gostando, se assim for.

Força filha. Basta aprenderes a ser mais "preocupada" com o conceito de tempo. Relógio. Talvez ainda seja cedo.

Descansa bem neste fim-de-semana, que acordares às 7h30 dá cabo de ti!

A mãe.

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