Quase um ano de Violeta...

Chegaste de forma tão mas tão inesperada meu amor. AMOR!
Foste uma surpresa, um choque inicial (choque por medo porque o Bernardo ainda era muito pequenino (7 meses) quando descobrimos que vinhas a caminho, e porque quando pensamos num teste positivo, somos burros e não pensamos logo no que efectivamente isso quer dizer e enchemos a cabeça de medos, perguntas e receios desnecessários). Recordo-me que um dos receios maiores instantâneos foi "como vou contar aos meus pais? vão chamar-me irresponsável." Que parva que fui. Com o tempo a calma veio, aos poucos, e instalou-se a ideia da tua vinda, e no como isso seria bom...
Nasceste já há tanto que parece mentira.
11 meses e gatinhas cada vez mais, comes sopa mas não aceitas fruta (nem cozida nem crua aos pedaços) e és uma trituradora de pedaços de carne, milho, esparguete com molho! 
És doce e meiga e sempre foste serena, apesar de ficares muito abalada quando o sono aperta...
Adoras sair de casa, adoras ver a tua mana a puxar por ti, e ris-te com sorrisos rasgados quando o Bernardo se mete contigo com vontade e por iniciativa própria. Aninhas-te em nós, gostas de adormecer a rebolar na nossa cama de forma tranquila (tão tão bom), e chucha, só quando roubas a do mano para trincar!
As tuas noites são invejáveis a qualquer pai. Tivemos mesmo muita sorte com a tua capacidade de descansar. Deves ser perfeccionista. Se é para dormir, é para dormir bem :O)
Às vezes emociono-me e dá-me vontade de chorar a ver-te a seres bebé. As boquinhas que fazes (e fizeste desde recém-nascida), os coçares da bochecha, os olhares derretidos, os sons, o quereres seguir com os olhos o que os outros fazem com expressões tão mimosas...
Assim que fizeste os 11 meses a mãe ficou preocupada porque não estavas responsiva aos exercícios de ginástica. Houve mesmo um dia em que comentei com o pai que estava mesmo triste com a preocupação (faltava pouco tempo para a consulta dos 12 meses e poderiam querer encaminhar-te para a fisioterapia como aconteceu ao mano). Foi a uma Sexta-feira. No dia seguinte começaste a fazer o movimento do andar com a nossa ajuda!!! Foi um cólinho que me deste, pequenina... e a partir daí é só evoluir!
Vieste sem sabermos que aí vinhas (ou pelo menos já) mas já tinhamos decidido que queriamos que viesses ainda antes de sabermos que aí virias!!! Vieste tornar a nossa família mais completa e acima de tudo, feliz...
Gostas de dialogar no teu dialecto (conversa dos tá-tá-tás). Ainda não dizes mamã nem papá, nem papa, mas tudo a seu tempo.
Vê-se em ti o quanto gostas de nós. O quanto chamas por nós. E isso sabe-me mesmo bem, meu amor.
É uma felicidade e ao mesmo tempo uma dor que sinto em ver-te assim a cresceres, a ver os meses a somar e somar e somar desde sempre. Muitos talvez o digam da boca para fora, mas eu queria mesmo que o tempo congelasse assim, aqui e agora. Não muda nada. Só para sentir mais...
Poderia escrever muito muito mais. Poderia ter escrito um pouco acerca de todas as etapas do teu desenvolvimento. Mas também não escrevi dos manos. E não gosto de pensar que tenho capítulos para fechar. As coisas são como são. E foram assim <3
Amo-te, filha...

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Olá filhotes - mudanças

A poesia espiritual

Montes de amor