Fase das birras instalada
Iara com 6 anos. Teve uma fase de birras intensa a partir talvez, dos 2,5 anos. Até aos 4 acalmou. A partir daí, as birras diminuiram, os motivos mudaram, mas nem por isso foram erradicadas por completo. São provocadas essencialmente por motivos nenhuns. Porque queria aquela saia que está suja, porque o mano lhe tirou um brinquedo, porque queria outros sapatos, porque a mãe não lhe dá atenção, ou cólo, ou cólo e atenção... Porque sim e porque não. Mas a frequência reduziu bastante, e a vergonha aumentou. É uma companheira que consegue reflectir após o episódio e reconhece que errou. Mas nem por isso consigo evitar algumas situações que me desgastam.
Bernardo sempre foi muito calmo. Muito. Muito amigo e obediente. Obediente ao ponto de com 22 meses já fazer pequenos recados "o Bernardo dá o livro xpto? O Bernardo pode dar um lenço à mãe?". Coisas simples. Mas fazia o que lhe mandava. Há cerca de 3/4 semanas, começou a desinteressar-se por ser tão responsivo, a desafiar mais os pais, a chatear-se mais com os objectos e frustrações. Choro insistente, miminhos como acalmia, e novamente choro por motivo nenhum... O esforço para o deixar feliz parece que é em vão. Até então, estava muito rotinado para o dia-a-dia com a mãe em casa, e com a mana Violeta. Mas juntando a Iara de férias em casa à equação, parece que ele ficou mais eriçado, activo e rapazote. Não quer deitar-se para fazer sesta, quando se deita, põe-se de pé, chora, chama, berra, deita chuchas fora. Insisto. Insisto porque não quero que se perca a rotina, e porque a sesta lhe faz falta. E faz-lhe falta. Muita. Se quando o pai chega eu gosto de ir arejar à rua (família inteira) ele é capaz de adormecer 5 minutos depois do arranque, no carro, ficando irritado e mole e coleiro em toda a saída (hoje por acaso não adormeceu, e nem ficou birrento! (porquê??)).
Não lido bem com o choro. Não lido bem com birras. Aliás, acho que nunca saberei lidar. Se chora porque a água entra nos olhos, tento que não entre. Mas nem por isso consigo. Se não quer a tshirt verde, ofereço a azul a branca o boneco xoné que for. Se não quer sopa, ponho fruta à frente. Tento "dar a volta" de forma feliz. Mas não tenho conseguido. E isso deixa-me triste. Magoada e frustrada. Um filho que não fazia birras passar a fazer desde o momento zero do dia, em todas as tarefas necessárias, é desgastante.
Não me quero queixar do motivo "físico" mas sim do desgaste emocional. Fico triste que assim estejamos.
Espero que seja apenas uma fase. Porque a Violeta quando não dorme tudo o que tem que dormir, necessita de aconchego a 100%. E ter dois bebés a chorar, sem uma rede de segurança, e com outra criança que tem exigências (e está no seu direito) desgasta.
A paciência parece não se renovar durante a noite.
A paciência só regressa e recarrega quando a intensidade da birra baixa. Ao nível zero. Porque sempre estivemos em sintonia, e espero que a sintonia venha a reinar novamente em breve.
Não gosto menos de nenhum deles por causa disto. Mas não poderei sorrir tanto no final do dia, nem sentir que a minha missão está a ser cumprida. Não tenho como objectivo chegarmos apenas ao fim do dia, mas sim chegarmos bem.
Birras, go cagating...
A mãe.
Bernardo sempre foi muito calmo. Muito. Muito amigo e obediente. Obediente ao ponto de com 22 meses já fazer pequenos recados "o Bernardo dá o livro xpto? O Bernardo pode dar um lenço à mãe?". Coisas simples. Mas fazia o que lhe mandava. Há cerca de 3/4 semanas, começou a desinteressar-se por ser tão responsivo, a desafiar mais os pais, a chatear-se mais com os objectos e frustrações. Choro insistente, miminhos como acalmia, e novamente choro por motivo nenhum... O esforço para o deixar feliz parece que é em vão. Até então, estava muito rotinado para o dia-a-dia com a mãe em casa, e com a mana Violeta. Mas juntando a Iara de férias em casa à equação, parece que ele ficou mais eriçado, activo e rapazote. Não quer deitar-se para fazer sesta, quando se deita, põe-se de pé, chora, chama, berra, deita chuchas fora. Insisto. Insisto porque não quero que se perca a rotina, e porque a sesta lhe faz falta. E faz-lhe falta. Muita. Se quando o pai chega eu gosto de ir arejar à rua (família inteira) ele é capaz de adormecer 5 minutos depois do arranque, no carro, ficando irritado e mole e coleiro em toda a saída (hoje por acaso não adormeceu, e nem ficou birrento! (porquê??)).
Não lido bem com o choro. Não lido bem com birras. Aliás, acho que nunca saberei lidar. Se chora porque a água entra nos olhos, tento que não entre. Mas nem por isso consigo. Se não quer a tshirt verde, ofereço a azul a branca o boneco xoné que for. Se não quer sopa, ponho fruta à frente. Tento "dar a volta" de forma feliz. Mas não tenho conseguido. E isso deixa-me triste. Magoada e frustrada. Um filho que não fazia birras passar a fazer desde o momento zero do dia, em todas as tarefas necessárias, é desgastante.
Não me quero queixar do motivo "físico" mas sim do desgaste emocional. Fico triste que assim estejamos.
Espero que seja apenas uma fase. Porque a Violeta quando não dorme tudo o que tem que dormir, necessita de aconchego a 100%. E ter dois bebés a chorar, sem uma rede de segurança, e com outra criança que tem exigências (e está no seu direito) desgasta.
A paciência parece não se renovar durante a noite.
A paciência só regressa e recarrega quando a intensidade da birra baixa. Ao nível zero. Porque sempre estivemos em sintonia, e espero que a sintonia venha a reinar novamente em breve.
Não gosto menos de nenhum deles por causa disto. Mas não poderei sorrir tanto no final do dia, nem sentir que a minha missão está a ser cumprida. Não tenho como objectivo chegarmos apenas ao fim do dia, mas sim chegarmos bem.
Birras, go cagating...
A mãe.
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